Covid-19. Pfizer e BioNTech estão a recrutar pessoas para testar vacinas contra ómicron

A empresas Pfizer e BioNTech anunciaram, esta terça-feira, o início de recrutamento para testes clínicos em adultos, a fim de apurar a resposta imunitária do organismo humano já imunizado contra a covid-19 com uma vacina direccionada especificamente para a variante ómicron.

“Este estudo realiza-se no âmbito da nossa abordagem científica, que visa conceber vacinas direccionadas para as variantes, que consigam desenvolver níveis semelhantes de protecção face à ómicron, como para as variantes que surgiram antes, mas com uma duração de protecção mais longa”, precisou o responsável pela BioNTech, Ugur Sahin.

A responsável pelas vacinas na Pfizer, Kathrin Jansen, disse que, apesar de as doses de reforço da vacina original protegerem contra as formas graves da nova variante, a empresa prefere agir por execesso de zelo.

“Reconhecemos a importância de estarmos preparados no caso de esta protecção diminuir com o tempo e de ajudar a enfrentar a ómicron e outras variantes no futuro”, declarou.

A protecção da vacina inicial contra as formas leves ou moderadas da covid-19 parece desaparecer mais rapidamente contra a ómicron, assume o responsável pela BioNTech, Ugur Sahin.

O ensaio clínico abrange 1.420 pessoas, dos 18 aos 55 anos. Os participantes no ensaio são divididos em três grupos.

O primeiro inclui pessoas que receberam duas doses da vacina da Pfizer-BioNTech, 90 a 180 dias antes, e que receberão uma ou duas injeções do novo soro testado.

O segundo grupo é composto por pessoas que receberam a terceira dose no mesmo período e que receberão uma nova dose da vacina inicial ou uma dose da vacina projectada para a ómicron.

O terceiro comporta pessoas que não receberam qualquer vacina contra a covid-19 e que receberão três doses da que visa especificamente a Ómicron.

Vários países começaram a registar uma diminuição do número de casos da vaga provocada pela Ómicron, a variante mais transmissível detetada nesta fase, apesar de o número de contágios no mundo continuar a subir.

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