O preço do petróleo regista esta quinta-feira uma queda ligeira, um dia depois de o Brent ter negociado no valor mais alto desde Outubro de 2014, com o impulso adicional das estimativas da Agência Internacional de Energia (AIE).
Neste momento, o West Texas Intermediate (WTI), “benchmark” para os Estados Unidos, para entrega em Março, está a desvalorizar 0,07% para 86,90 dólares por barril.
Já o contrato de Março do Brent do Mar do Norte, negociado em Londres e referência para as importações europeias, recua 0,26% para 88,21 dólares por barril, depois de ontem ter rolado para os 89,09 dólares, renovando máximos de mais de sete anos.
Entretanto, a AIE referiu esta quarta-feira que o mercado parece mais apertado do que se pensava inicialmente, com a procura a revelar-se resiliente à variante ómicron do coronavírus.
Assim, a Agência sublinhou que a procura por crude está a caminho de atingir níveis pré-pandémicos.
Além disso, apontou o facto de os stocks mundiais estarem a diminuir rapidamente, numa altura em que o consumo continua robusto e em que os membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (OPEP+) não estão a conseguir revitalizar a sua produção.
Numa nota de research a que o Negócios teve acesso, o UBS salienta que as disrupções na oferta, os receios em torno do potencial impacto da escalada de tensões no Leste europeu e no Médio Oriente, bem como a procura mais forte do que o esperado, são factores que têm estado a sustentar o crude neste arranque de ano.
“Estimamos que a procura por petróleo atinja novos máximos históricos e que o Brent negoceie na casa dos 80 a 90 dólares por agora”, indica Giovanni Staunovo, analista de “commodities” do banco suíço, neste relatório.