Pesquisa de gás no bloco do Búzi: Resultados dos testes conhecidos dentro de um mês

Os resultados dos testes dos poços perfurados no quadro da pesquisa de gás no Bloco do Búzi, na Bacia Sedimentar de Moçambique, poderão ser conhecidos dentro de um mês.

No quadro da pesquisa, a companhia indonésia Buzi Hydrocarbons PTE Limitada (BHPL), que detém os direitos da concessão, em parceria com a Empresa Moçambicana de Hidrocarbonetos (ENH), abriu dois furos, cujos testes preliminares comprovam a existência de gás.

Após concluir a abertura dos poços, a companhia iniciou, em finais de Agosto, testes que visam determinar as quantidades e a viabilidade comercial do gás descoberto. Os trabalhos de perfuração dos poços iniciaram nos princípios do ano 2020, mas foram interrompidos quando se trabalhava no segundo furo, designado BS-2 (Búzi Supercial-2), devido ao Covid-19.

Na altura, o furo tinha atingido a profundidade de 836 metros dos1548 programados, estando localizado a uma distância de mil metros do primeiro, designando BS-1.

Segundo o “Jornal Notícias”, o presidente do Conselho de Administração do Instituto Nacional de Petróleo (INP), Carlos Zacarias, disse que os testes realizados no poço BS-1 já foram concluídos e os resultados são encorajadores.

O BS-1, que também foi executado no ano passado, atingiu a profundidade total de 1 567 metros (a 10 de Março de 2020) e, na altura, houve sinais da ocorrência de gás natural.

“Portanto, com os testes agora efectuados, confirma-se a ocorrência do gás e os resultados são encorajadores”, indicou Carlos Zacarias, reiterando que se deve aguardar pela conclusão dos trabalhos no segundo poço, nas próximas semanas.

Refira-se que a prosperidade do Bloco do Búzi foi despoletada no tempo colonial, levando à realização, em 1962, do furo Búzi-1 pela Gulf/Amoco, o qual revelou a existência de gás natural na zona.

Os dois últimos poços agora executados pela Buzi Hydrocarbons PTE Limitad são em cumprimento do programa do trabalho acordado no contrato de concessão para a pesquisa e produção assinado com o Ministério dos Recursos Minerais e Energia, em 2010.

No primeiro período de pesquisa, a BHPL reprocessou 300 quilómetros de sísmica bidimensional (2D) pré-existente e reinterpretou1 650 quilómetros de sísmica 2D pré-existente, bem como a aquisição, processamento e interpretação de 600 quilómetros de sísmica 2D.

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