A Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve 70 manifestantes, esta sexta-feira, durante a marchas de protesto contra os resultados das sextas eleições autárquicas em Moçambique, informaram as autoridades policiais.
Deste número de detenções, 60 ocorreram na cidade de Nampula, quatro em Nacala Porto, ambas no norte de Moçambique, outras quatro em Maputo, e duas na cidade de Quelimane, no Centro do país.
Os detidos estavam a agitar e a perturbar a ordem pública, disse Orlando Modumane, porta-voz do Comando-Geral da PRM, durante uma conferência de imprensa, em Maputo.
Os indiciados foram devidamente processados e as respetivas peças de expediente remetidas ao Ministério Público para os posteriores tramites legais que culminarão com a responsabilização criminal dos respetivos autores morais, que, das provas dos factos no terreno e segundo os relatos dos detidos, são os respetivos cabeças de lista da Renamo nas autarquias já mencionadas”, referiu Orlando Modumane.
A polícia fez esta sexta-feira vários disparos de gás lacrimogéneo sobre milhares de pessoas que se manifestavam em Maputo contra os resultados das eleições autárquicas anunciados pela Comissão Nacional de Eleição (CNE).
O porta-voz do Comando-Geral da PRM avançou que a polícia foi obrigada a “usar a força para repor a ordem pública”, ao registar casos de colocação de barricadas e queima de pneus, vandalização de montras de lojas e arremesso de objectos contundentes nas cidades onde decorreram as manifestações, situações que perturbaram a ordem e condicionaram a circulação de pessoas e bens.
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