A travessia pedonal sobre o Rio Revúbuè, situada entre as cidades de Tete e Moatize, na província de Tete, será encerrada hoje, quarta-feira, e posteriormente destruída, devido à chegada da época chuvosa.

Trata-se de uma solução que tinha sido encontrada pela mineradora Vulcan, em Junho, em parceria com o Governo, como forma de responder aos efeitos da destruição parcial da ponte, aquando da passagem da depressão tropical Ana, em Janeiro, para permitir a travessia dos seus trabalhadores, assim como dos munícipes das duas cidades, enquanto decorrem as obras de montagem da ponte metálica sobre o rio Revúbuè.

O delegado da Administração Nacional de Estradas (ANE) em Tete, Victor Maicolo, explicou que é necessário destruir a ligação, porque constitui uma barreira para o escoamento normal do rio e neste momento verifica-se um acumulo de água a montante.

“Em situação da necessidade de escoamento acima do que temos agora, com a vinda das chuvas, obrigará ao aumento do nível de energia e ao atingir o pico levará a uma situação de fluxo descontrolado à jusante da ligação”, esclareceu.

Quanto ao ponto de situação da colocação da ponte metálica, disse que as obras estão a decorrer da melhor maneira e que no dia 24 de Novembro próximo poderão estar concluídas, tal como vem no contrato.

Acrescentou, porém, que há pilares do lado de Moatize que sofreram danos estruturantes e precisam de um reforço, facto que não estava previsto no contrato inicial, pelo que está a preparar-se uma adenda. E vai estudar-se sobre a possibilidade de os peões atravessarem pela ponte metálica depois do dia 24 de Novembro, enquanto decorrem as actividades de reforço dos alicerces.

Até lá, a ligação entre a maior parte dos distritos do Norte da província de Tete e a capital provincial será garantida pela ponte Kassuende, o que encarece os custos de transporte, sobretudo para as pessoas que frequentam diariamente as cidades de Tete e Moatize. Os munícipes vão precisar de pelo menos 50 meticais para chegar ao centro da cidade de Tete, por exemplo, ou de 70 meticais caso queiram ir aos bairros Matundo ou Chingodzi, quando antes o trajecto custava 40 meticais e era feito em pouco tempo.