Parque Nacional do Limpopo já dispõe de áreas seguras para pastagem do gado bovino

Parque Nacional do Limpopo já dispõe de áreas seguras para pastagem do gado bovino

A Peace Parks, uma organização sul-africana especializada em protecção da biodiversidade nas áreas de conservação transfronteiriça, introduziu seis áreas de pastagens seguras do gado bovino para as comunidades residentes no interior do Parque Nacional do Limpopo, no distrito de Massingir, província de Gaza, sul de Moçambique.

Trata-se de uma iniciativa que, segundo a Peace Parks, visa reduzir significativamente os índices do conflito homem-fauna bravia.

Orçado em pouco mais de 5 milhões de dólares, o projecto de pastagens seguras e saudáveis, contempla componentes como, furos de água para o abeberamento do gado e comunidades, pastagem rotativas, corais móveis, denominados “bomas”, que para além de assegurar a protecção aos animais contra os ataques dos felinos, também concentra o gado no mesmo espaço para maior controlo contra roubos.

A iniciativa integra igualmente a componente de cuidados de saúde animal, com introdução de alimento fortificado para o gado em período do auge de escassez do pasto, permitindo que o animal cresça saudável e atinja o peso máximo que confere vantagem para os criadores durante a venda dos animais nas feiras de comércio periodicamente organizadas em Massingir.

Para Délcio Julião, gestor do projecto “Heading for Health”, suportado pela “Peace Parks”, que introduziu as pastagens seguras em Massingir, a iniciativa, para além de reduzir o conflito homem-fauna bravia, estancando os ataques ao gado pelos animais bravios, também resolveu a questão do equilíbrio dos ecossistemas no interior do parque, uma vez que havia competitividade pelo pasto entre os animais selvagens e os domésticos.

“Introduzimos o plano de pastagem em blocos rotativos para permitir que haja a restauração. Também introduzimos os corais móveis que são bomas, que são importantes para a segurança do gado principalmente durante a calada da noite. Contratamos pastores profissionais e treinados. Com essas acções os predadores não conseguem atacar o gado”, disse Délcio Julião, citado pela AIM.

 

(Foto DR)

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