O elevado número de obras de construção de escolas paralisadas na província de Sofala levou a alguns parceiros do Ministério da Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH) a retirar o financiamento.

Mais organizações ameaçam deixar de apoiar a reconstrução de infra-estruturas escolares, segundo o governador de Sofala, Lourenço Bulha, durante a II Reunião Provincial de Planificação do sector.

“Os parceiros enviaram cartas recentemente a ameaçar cortar o financiamento caso a instituição não melhore a gestão e resolva a problemática de obras paradas”, salientou.

O governador exortou ainda os gestores do sector a debaterem com profundidade a contratação de docentes para o ano lectivo 2023 com vista a reduzir o rácio aluno/professor.

Apontou também a necessidade de adopção de medidas dinâmicas na aquisição de carteiras, reabilitação das salas, uso dos escassos recursos financeiros, com enfoque para o orçamento do sector, fundos de parceiros, entre outras questões.

Em relação ao aproveitamento pedagógico de 2021, revelou que, dos 646.677 alunos inscritos no sistema público, 616.901 chegaram ao fim do ano, tendo aprovado 574. 006, o que corresponde a uma taxa de aprovação de 93 por cento.

A cifra, segundo o dirigente, representa um decréscimo de 5,3 porcento comparativa mente ao ano 2020, altura em que o aproveitamento foi de 98,3 porcento.

A maior percentagem do aproveitamento escolar registou-se na Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos, com 96,3 porcento. A menor registou-se no 1.º ciclo do ensino secundário geral, com 88,7 porcento.

No ano passado, o aproveitamento no ensino secundário do 1.º ciclo foi de 88,7 porcento, contra 95,5 porcento de 2020.

Enquanto isso, as taxas de reprovações e desistências foram de 11 e 2,7 porcento, respectivamente. O rendimento mais baixo registou-se no distrito do Búzi (75,5 porcento) e o mais alto (97 porcento) em Chibabava.

Enquanto isso, no 2.º ciclo do ESG, o aproveitamento pedagógico foi de 89,5 porcento, contra 94,6 porcento em 2020. As reprovações e desistências em 2021 foram de 10,5 e 0,1 por cento, respectivamente.