Segundo dados tornados públicos recentemente pelo Departamento de Estatísticas e Reporte do Banco Central, Moçambique gastou o ano passado, cerca de 320.1 milhões de dólares na importação de óleo alimentar.

Só nos primeiros três meses deste ano o país já gastou cerca de 74,4 milhões de dólares, numa altura em que a aposta do governo passa pela substituição das importações, através da produção local de oleaginosa.

E por falar em produção local, estima-se que actualmente o país esteja a produzir no global cerca de 400.000 toneladas de oleaginosa diversas, sendo que de media são colhidas cerca de 150.000 toneladas de gergelim, 104.000 toneladas de amendoim, 70.000 de soja, 50.000 de algodão, 23.000 de copra e 7000 de girassol.

Apesar destes níveis de produção, Moçambique continua refém da importação do óleo alimentar e seus derivados, daí que o Governo entende ser altura de se reverter a situação de dependência criando mais oportunidades de investimento

Outro dado a destacar é que a produção de oleaginosas em Moçambique envolve cerca de 750 mil famílias com uso mínimo de tecnologias de produção.

Para o Instituto de Algodão e Oleaginosa de Moçambique (IAOM) a solução passa por produzir mais e importar menos.

Até porque, segundo a fonte, os derivados dos produtos usados na produção do óleo alimentar também geram outras oportunidades de negócios, como por exemplo, para a nutrição animal ou mesmo para a produção de biocombustíveis.