O Presidente da Renamo, Ossufo Momade, distancia-se das declarações do porta-voz, José Manteigas, sobre ele ser o único candidato à sua própria sucessão na liderança do partido.
Falando em entrevista à STV, na quarta-feira, Ossufo Momade disse não ter havido ainda um conselho do partido para deliberar quem será o próximo candidato do partido e possível concorrente para as presidenciais de Outubro.
O Presidente da Renamo disse não ter sido directiva sua para os recentes pronunciamentos do porta-voz do partido, José Manteigas, sobre a próxima liderança da Renamo, tendo como cabeça de lista, ele próprio, Ossufo Momade.
“Ele é porta-voz, e, sabendo que existe um Presidente, com todas as energias para continuar a sê-lo, apresentou o seu próprio pensamento. Em nenhum momento o ordenei para fazer isso. Isso é da responsabilidade dele. Eu ainda não me apresentei como candidato”, disse.
Entretanto, questionado se pretende se candidatar à sua própria sucessão, ele disse ainda ser prematuro avançar a resposta, mas que “quando chegar a altura vão poder acompanhar”.
Está reserva, conforme disse, é para evitar que se auto-inclua na lista daqueles que já se apresentaram, sem respeitar as regras do partido para o efeito.
Entre os nomes conhecidos com ambições presidenciais na Renamo está Venâncio Mondlane que, depois de anunciar a sua candidatura foi afastado do cargo de assessor político nacional e particular de Ossufo Momade, bem como de Relator da bancada do partido na Assembleia da República.
A respeito da candidatura precipitada de Venâncio Mondlane e à margem das regras da Renamo, o Presidente do partido classificou de um acto de alguém cujas condições psíquicas estão deturpadas.
“Nós temos um princípio. E quando muitas pessoas como o Venâncio aparecem a criar distúrbios dentro do partido, elas procuram vitimizar-se”, disse, depois de afirmar que, apesar dos pesares, “ele ainda é membro da Renamo”.
Adiante, Ossufo Momade disse: “Eu nunca quis falar sobre o Venâncio, sobre isso. Eu tenho o meu comportamento, sou civilizado. Não gosto de andar atras de malucos, porque se o faço também sou maluco”.
Na óptica do Presidente da Renamo é inconcebível que “um filho” se queixe ao público “sobre o seu pai”.
Ele aproveitou a ocasião e delineou o perfil de um candidato presidenciável para dirigir o partido Renamo.
“Para se ser presidente de um partido como a Renamo é preciso ter maturidade, ser responsável sobre si e aqueles a quem tenciona dirigir”, apontou.
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