Ossufo Momade, presidente do partido Renamo, maior oposição do pais, disse que enquanto prevalecer o terrorismo e os raptos, não se pode afirmar que o país está em paz.
Momade falava ontem, em Vilankulo, no âmbito da celebração dos 32 anos dos Acordos Gerais de Paz.
“Neste momento, não podemos afirmar que Moçambique está em paz, quando temos irmãos em Cabo Delgado sendo mortos pelo terrorismo e pela ausência do Estado. Muitos dos nossos irmãos estão na condição de deslocados de guerra a passar necessidades e a clamar pela ação de todos nós”, disse citado pelo “O Pais”.
Além do terrorismo, Ossufo também falou dos sequestros e raptos no sul. “A onda de sequestros que vem crescendo na Cidade de Maputo sob olhar impávido do governo e das Forças de Defesa e Segurança, são também indicadores de que não estamos em paz no país”, continuou.
Entretanto, mesmo assumindo que a paz ainda não é plena, Ossufo Momade não deixou de saudar o “grande passo” de busca de paz, alcançado entre a Renamo e o Governo.
“O processo de paz não foi fácil, não se tratou apenas de assinar acordos, mas da compreensão e respeito mútuo, em que é preciso cultivar a paz e respeitar as diferenças. A reconciliação exige verdade, justiça e, acima de tudo, empatia”.
O líder da Perdiz, mostrou-se comprometido com a manutenção da paz e reiterou que é preciso que se faça mais pois “cada passo que damos na construção de uma sociedade mais justa é um atributo àqueles que lutaram e ao valor de um futuro em que todos possam viver em harmonia”. (Fonte: O País)
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