A Ordem dos Enfermeiros de Moçambique (OEM), afirma que não vai reconhecer os certificados obtidos pelos estudantes de enfermagem da Universidade Aberta ISCED, uma instituição de ensino superior privada vocacionada no modelo online. Em causa está a falta de laboratório nesta instituição de ensino para os estudantes aliarem os conhecimentos teóricos à prática.
Para a Ordem dos Enfermeiros de Moçambique que “não se pode formar um profissional de saúde sentado em casa, acontecendo isso, estaria a perigar a saúde do povo e garantir a má assistência dos utentes”.
Segundo a Ordem, esta modalidade não é compatível com a prática da enfermagem actual. “Mesmo a formação presencial constitui um desafio, para o Governo fazer um reforço para superar algumas dificuldades existentes, porque reconhece-se que a prática deste profissional é sensível para a vida do ser humano. A sua falha pode trazer consequências irreparáveis”, explicou Maria Lourenço, citada pela TV Sucesso.
A fonte acrescenta, igualmente, que esta modalidade de leccionação adoptada pela ISCED, não oferece uma aquisição de conhecimentos de uma prática que pode dignificar a área da enfermagem. Pois, “se a formação não é compatível sai mau enfermeiro e consequentemente vai contribuir para a má qualidade de assistência da saúde”.
“A Ordem não vai reconhecer os títulos a partir desta modalidade de formação. Consequentemente não vai efectuar o registo para aquisição de cédula profissional o que não lhe permitirá exercer a profissão assim como a mudança de carreira e a sua absorção no Sistema Nacional de Saúde (SNS)”, sublinha a entidade reguladora da profissão.
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