A Organização Mundial de Saúde confirmou a existência de dois surtos de Marburg, uma febre hemorrágica de grande letalidade, na Guiné Equatorial e na Tanzânia.
Até dia 23 do corrente mês, estavam confirmados 8 casos na Tanzânia, incluindo 5 mortes e mais de 160 contactos que foram identificados e estão a ser monitorizados. No caso da Guiné Equatorial, o surto foi confirmado há cerca de 1 mês, e desde então, foram confirmados mais 8 casos, subindo os números para 9 confirmados e 20 prováveis. Sign a evolução através do CDC.
O surto do mesmo vírus em dois países cria, segundo a OMS, um contexto de maior facilidade de propagação da doença, tendo já lançado um alerta para uma mais alargada transmissão da infecção.
O vírus de Marburg pertence à família do virus Ébola, causa sintomas semelhantes, tem um período de imcubação que vai de 2 a 21 dias, manifestando-se de forma repentina, sendo caracterizado por febre, calafrios, dores de cabeça e dores musculares. Com o evoluir, os sintomas tendem a agravar-se cada vez mais e podem incluir icterícia, inflamação do pâncreas, perda de peso grave, delírio, choque, falência hepática, hemorragia maciça, e disfunção de múltiplos órgãos.
O vírus Marburg tem um forte índice de letalidade, e é considerado pela OMS como sendo de extrema perigosidade, infectando primatas e humanos, sendo semelhante a sua forma de transmissão com Ébola, ou seja, via fluídos corporais, relações sexuais desprotegidas e contacto estreito entre indivíduos.
Ao contrário do Ébola, não existem actualmente vacinas aprovadas para debelar esta doença, nem qualquer tratamento antiviral, estando, no entanto, a OMS a avaliar vacinas e terapêuticas possíveis, o contexto do surto.
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