O Presidente da República, Filipe Nyusi, pediu, ontem, que os actores políticos evitem a instrumentalização de pessoas para violência durante o processo eleitoral das autárquicas de 11 de Outubro, reiterando os apelos para um escrutínio pacífico.
Filipe Nyusi falava no distrito de Kamavota, após a inauguração de dois tribunais judiciais nos subúrbios da capital do país.
“Nos deparamos [em processos eleitorais] com o abuso das liberdades fundamentais. Cidadãos que não sabem quais são os seus limites e deveres são facilmente manipulados por pessoas que querem alcançar o poder”, disse Filipe Nyusi, citado pela Lusa.
O chefe de Estado moçambicano apontou a sobreposição ou destruição de material eleitoral e o conflito entre simpatizantes como alguns dos problemas que mancham os escrutínios em Moçambique, pedindo que os partidos políticos respeitem os órgãos eleitorais.
“Que no processo da nossa democracia e descentralização, as nossas eleições sejam ordeiras e pacíficas. Queremos ser um país que respeita as instituições democraticamente eleitas e onde a democracia fica enraizada na nossa cultura política”, observou Filipe Nyusi.
O Presidente da República apelou aos partidos políticos para se pautarem pela paz e boa-fé, evitando a violência durante a campanha eleitoral em curso.
Os militantes das formações políticas devem abster-se de actos como “obstrução de caravanas de outros partidos e actos de confrontação”, denunciando ilícitos eleitorais aos órgãos judiciais, afirmou.
“A realização de eleições constitui sempre um momento de festa. Estou a levar a mensagem de paz e harmonia (…) num país que precisa de paz, sobretudo neste momento que temos outras forças contrárias”, acrescentou.
“Os tribunais judiciais distritais [que são a primeira instância dos litígios eleitorais], ao julgarem, devem respeitar os principais de neutralidade e transparência”, afirmou o chefe de Estado moçambicano.
Mais de 11.500 candidatos de 11 partidos políticos, três coligações de partidos e oito grupos de cidadãos estão em campanha eleitoral para as autárquicas de 11 de Outubro, por entre apelos a um processo pacífico.
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