O Presidente da República quer um sector da defesa que tome decisões concretas e estratégicas para o combate ao terrorismo em Cabo Delgado, isto após a saída das forças conjuntas da SAMIM e do Ruadna.
Durante dois dias, as FADS estarão em conselho coordenador, na cidade de Maputo e na província de Gaza, para avaliar o cumprimento da sua missão na defesa do país.
“Devem, igualmente, sair deste conselho coordenador decisões concretas sobre a capacidade de resposta das forças armadas em relação à sua acção no combate ao terrorismo em Cabo Delgado, no período após a retirada das Forças amigas da SMIM e do Ruanda”, disse Filipe Nyusi, comandante em Chefe das FADS, citado pelo O “País”, na abertura do evento.
“Para o efeito, a vossa reflexão deve igualmente avaliar a forma de capitalizar o manancial de reservistas, empenhando-os directa ou indiretamente nas várias missões em prol da defesa da soberania e integridade territorial do nosso país que a realidade justifica, “acrescentou.
Quanto ao Serviço Cívico de Moçambique, Nyusi exige que contribua activamente na reconstrução de infra-estruturas destruídas pelos terroristas e pelas calamidades naturais.
“Queremos um Serviço Cívico sustentável, cada vez mais capaz de gerar renda de modo a apoiar o sector da defesa, fazendo o máximo aproveitamento das várias iniciativas que o Governo tem vindo a promover.
O Serviço Cívico deve explorar as diferentes áreas de rendimento, como agricultura, pesca, pecuária, mineração, construção, entre outras, aliviando o sector da dependência em relação ao Orçamento do Estado”.
Participam no evento diferentes dirigentes do sector da defesa nacional, incluindo antigos ministros, antigos chefes de Estado Major-general, académicos e outros convidados.
A província de Cabo Delgado enfrenta há mais de seis anos a insurgência armada com alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.
No terreno combatem o terrorismo – em ataques que se verificam desde Outubro de 2017 e que condicionam o avanço de projectos de produção de gás natural na região – as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, desde Julho de 2021.


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