O activista social Adriano Nuvunga critica a falta de pronunciamentos por parte das pessoas de Filipe Nyusi, Presidente da República (PR), e Beatriz Buchili, Procuradora-Geral da República (PR), nos casos do duplo assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe.
Dias era o advogado do candidato presidencial Venâncio Mondlane, e Guambe o mandatário do partido Podemos, que suportava essa candidatura. Eles foram assassinados na noite de sexta-feira, no bairro da Coop, centro da capital Maputo.
O homicídio foi reportado em todo o mundo, nos maiores grupos de mídia, mereceu repúdio de várias instituições nacionais e internacionais, incluindo de representações diplomáticas acreditadas em Moçambique e do secretário-Geral da ONU, António Guterres.
Para Nuvunga a falta de pronunciamento público daquelas duas figuras revela cumplicidade com actos de violência.
“São silêncios cúmplices estes. Do Presidente é um silêncio político. Este silencio é criminoso, o silêncio da Procuradora-Geral da República…. Perante este assassinato político”, lamentou, citado pela TV Sucesso.
Por outro lado, mostrou indignação por terem sido atacados pela polícia, jornalistas, cerca de quatro, em plena actividade durante os protestos de segunda-feira (21).
Disse que esta acção é outro nível de desrespeito pelos direitos fundamentais dos moçambicanos, do direito à informação à luz da lei de imprensa.
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