Nyusi critica comunidade internacional por fazer insinuações sobre assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe

Nyusi critica comunidade internacional por fazer insinuações sobre assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe

O Presidente da República, Filipe Nyusi, teceu nesta segunda-feira (28), “duras” à comunidade internacional que associa os bárbaros assassinatos de Elvino Dias e Paulo Guambe ao partido Frelimo. Segundo Nyusi estas acusações limitam o correcto que é esperar as investigações.

“Se já têm conclusões sobre o assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe, que nos dêem os dados para responsabilizar os criminosos como Estado”, disse Filipe Nyusi, numa publicação do jornal “O País”.

O chefe do estado voltou a referir o posicionamento do Governo sobre o assassinato de Elvino Dias, advogado do candidato presidencial apoiado pelo PODEMOS, e de Paulo Guambe, mandatário do mesmo partido. Nyusi elogia o gesto solidário da comunidade internacional, que unanimemente condenou os assassinatos.

“Todos os pronunciamentos de missões diplomáticas foram unânimes na condenação dos assassinatos associando-os ao actual processo político, no entanto, sem acusar nas entrelinhas insinuavam que os incidentes pudessem ter algumas ligações com os vencedores, exceptuando a Commonwealth, que fez um comunicado sucinto e com base em factos disponíveis e sem quaisquer insinuações”, criticou.

O presidente foi ainda mais longe e pediu que a comunidade internacional que apresente as provas de “que o crime foi cometido pelo partido Frelimo, conforme sugerem”.

“Não se pode fazer insinuações. Isso limita o raciocínio. Um dos embaixadores até teve coragem de emitir uma comunicação em nome do seu país associando o assassinato ao roubo de votos pela Frelimo. Como sabe disso?, se há já conclusão é talvez, trazer-nos esses dados para responsabilizarmos por esses actos como Estado. O mais correto é deixar as investigações prosseguem em todas as versões e pistas que podem estar disponíveis”, apelou.

O presidente diz que as investigações estão a ser feitas pois é do interesse do Estado e do Governo que haja responsabilização.

“Estamos a investigar de modo a responsabilizar os criminosos para serem julgados e punidos de forma exemplar com vista a desencorajar actos desta natureza. Tendo em conta o historial eleitoral importa referir que nunca aconteceu um acto igual e dessa dimensão. A posição do Governo é que ao invés de se presumir que foram assassinados ou que existe relação desses crimes ao processo eleitoral o mais importante e encontramos o assassino não interessa que motivação ele teve e é a única solução que permite que não haja especulações.”

 

(Foto DR)

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