Dois milhões de moçambicanos têm necessidade “crítica” de apoio e o número de deslocados pela violência provocada por grupos terroristas e efeitos climáticos cresceu para quase 851 mil em Setembro, segundo dados do ACNUR.
“Moçambique acolhe aproximadamente 25.000 refugiados e requerentes de asilo [30 mil em Julho], enquanto 850.599 pessoas permanecem deslocadas devido à violência perpetrada por grupos armados não estatais e ao impacto devastador da crise climática – sendo Moçambique um dos países mais afectados no mundo”, lê-se no relatório operacional do final de Setembro, lançado há pelo Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), citado pela Lusa.
O documento – em que o ACNUR estima também em 47,5 milhões de dólares as necessidades de financiamento para as operações de assistência ao país em 2023 – recorda que a dupla passagem do ciclone tropical Freddy, em Fevereiro e Março de 2023, “um ano após o devastador ciclone tropical Gombe”, afectou “mais de um milhão de pessoas, destruiu infra-estruturas e deslocou cerca de 184.000 pessoas”.
Segundo o relatório, dois milhões de pessoas em Moçambique continuam em situação de “necessidade crítica de assistência e protecção”, 850.599 (834.304 em Julho) estão na condição de “deslocados internos”, dos quais 45% vivem em locais de realojamento e 55% em comunidades de acolhimento.
“O ACNUR e os parceiros trabalham em estreita colaboração com uma série de partes interessadas, incluindo o Governo, para fornecer serviços de proteção que salvam vidas e assistência aos refugiados, requerentes de asilo, deslocados internos, repatriados deslocados”, reconhece o ACNUR.
Deixe uma resposta