Nova vaga de manifestações já provocou cinco óbitos e três feridos graves

Nova vaga de manifestações já provocou cinco óbitos e três feridos graves

O Comando Geral da Polícia da República de Moçambique (PRM) anunciou que o primeiro dos oito dias da nova vaga de manifestações pós-eleitorais, resultaram em cinco óbitos, três feridos graves na cidade de Maputo, bem como nas províncias de Maputo, Zambézia e Nampula.

As cidades de Maputo e Matola foram caracterizadas por bloqueios de estradas, impedindo a circulação de viaturas.

Segundo o porta-voz do Comando Geral da PRM, Orlando Mudumane, citado pela AIM, as vítimas mortais estavam munidas de armas brancas, incluindo facas, catanas, pedras e outros objectos contundentes.

“Hoje, mais uma vez, o país foi palco de manifestações violentas que perturbaram a ordem e segurança públicas, livre circulação de pessoas e bens na sequência da convocação de uma nova vaga de manifestações feitas pelo cidadão Venâncio Mondlane”, disse Mudumane.

Referiu que pelo teor de mensagens difundidas nas redes sociais, e pelo seu modus operandi, as mesmas têm como objectivo provocar caos, terror, rebeldia, violência e desordem pública generalizada no país.

Mudumane explicou que, nos termos da lei, ninguém deve ser coagido a participar ou não tomar parte em quaisquer reuniões ou manifestações.

Sobre os cinco óbitos, Mudumane disse “quando um indivíduo vai a uma esquadra, invade e procura a todo custo apoderar-se de uma arma de fogo, este não é manifestante, não sabemos o que pretende fazer com a arma de fogo depois de se apoderar do agente da PRM, é um indivíduo criminoso, subversivo que de tudo fazia para se apoderar do material bélico para protagonizar actos muito mais criminosos que este, é a confrontação gravosa”, referiu Mudumane.

A PRM afirma que no âmbito das alegadas manifestações foi constatado o bloqueio total de vias públicas recorrendo a barricadas de diversos objectos incluindo às próprias viaturas com objectivo de condicionar a circulação de automobilistas e utentes da via pública, pagamento de valores monetários e vandalização de infra-estruturas-estruturas públicas e privadas.

 

(Foto DR)

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