Nova terapia regenerativa pode reverter a perda auditiva

Um tratamento para a recuperação da perda adutiva está a ser desenvolvido por investigadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos Estados Unidos da América (EUA).

Trata-se de um novo método de terapia regenerativa estimula o crescimento de células ciliadas no interior da cóclea e já revelou resultados promissores nas primeiras fases dos testes clínicos. O procedimento terapêutico é realizado com um fármaco e dispensa a utilização de dispositivos externos, como aparelhos auditivos ou implantes.

A abordagem do MIT envolve células progenitoras, capazes de se transformar em qualquer outra, como as estaminais, com a única diferença de se dividirem um número limitado de vezes.

A equipa serviu-se das células estaminais para fazer crescer células ciliadas, os receptores sensoriais do sistemas auditivo, que normalmente não se regeneram.

“Quando o ser humano ainda está no útero, as células progenitoras descendentes das estaminais geram as chamadas ciliadas. As células progenitoras ficam inactivas ainda antes do nascimento e nunca mais se transformam noutras”, explicaram.

Dizem os investigadores que as cerca de 15.000 células ciliadas que se podem encontrar em cada ouvido morrem ao longo do tempo e nunca se regeneram. A sua degradação é causada por barulho intenso ou certos tratamentos, como a quimioterapia, que podem até levar a perda auditiva.

O candidato a fármaco desenvolvido pelos investigadores foi concebido para ser injectado no ouvido por forma a regenerar estas células dentro da cóclea.

Alguns participantes notaram melhorias após uma única injecção no ouvido interno, sendo que os avanços na perpceção da fala foram observados em três estudos clínicos diferentes, segundo o MIT.

“A percepção da fala é o objectivo número um para melhorar a audição e o que precisamos ouvir dos pacientes”, disse Chris Loose, co-fundador e Director executivo da Frequency Therapeutics.

A empresa está actualmente a recrutar 124 voluntários para um ensaio clínico. Os resultados preliminares deverão ser conhecidos no início do próximo ano.

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