Militares que conduziram o golpe de Estado em Julho último no Níger anunciaram que querem processar o Presidente deposto, Mohamed Bazoum, por “alta traição” e “ataque à segurança do país”.
Num comunicado lido na televisão nacional, no domingo, o major coronel Amadou Abdramane, disse que estão reunidas “provas para processar, perante as autoridades nacionais e internacionais, o Presidente deposto e os seus cúmplices internos e estrangeiros, por alta traição e atentado à segurança interna e externa do Níger”.
Refira-se e segundo a imprensa internacional os militares justificaram o golpe com a “contínua deterioração da situação de segurança e má gestão económica e social” e sublinharam que “todas as instituições” da república estão suspensas.
O golpe foi condenado pela comunidade internacional, nomeadamente a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a União Africana, a Organização da Nações Unidas.
Em 30 de Julho, quatro dias após o golpe, os líderes da CEDEAO decidiram sancionar financeiramente o Níger e deram aos militares um ultimato de sete dias para restaurar a ordem constitucional, ameaçando um possível uso da força como último recurso.
No domingo, a junta militar no poder no Níger manifestou vontade de conversar com CEDEAO.
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