O administrador técnico da Águas da Região Norte, (AdRN), Capitine Ernesto, explicou que a albufeira da barragem de Nampula, sobre o rio Monapo, regista um nível ínfimo de tal ordem que foi colocado em marcha o plano de restrições de fornecimento a urbe.

Actualmente, o abastecimento a cidade situa-se em 30%.

Construída na década 60, a barragem de Nampula tem capacidade de encaixe de quatro milhões de metros cúbicos e que na altura satisfazia os pouco mais de 120 mil habitantes da cidade.

“Nesta altura estamos com 4,4 metros de altura dos dez metros de altura da albufeira, o que proporciona produzir a quantidade 17/18 mil metros cúbicos por dia. Esta quantidade é inferior à demanda da cidade de Nampula, que está estimada em 120 mil metros cúbicos dia. A distribuição está a ser feita de forma controlada para que a pouca água que conseguimos captar e produzir chegue para todos”, revelou a AIM.

A fonte fez notar que numa situação normal a distribuição é feita até um máximo de 16 horas por dia e que com a actual crise desceu para cerca de oito e nalguns bairros apenas duas horas.

“Contudo estamos preparados para enfrentar situações piores e, por isso, identificamos algumas fontes que apesar de não serem suficientes podem ajudar em caso de crise iminente. Aqui na cidade de Nampula temos também quatro estações móveis e o maior desafio será a distribuição, mas já activamos os 50 pontos que tínhamos durante a fase da Covid para abastecermos alguns locais mais críticos que estão no extremo da rede”.

Em situação normal a barragem de Nampula, já com pouco mais de mais de 60 anos, produz em média, 40 mil metros cúbicos de água para uma população de aproximadamente 800 mil habitantes. (AIM)