O Conselho Municipal de Maputo (CMM) investiu 131 milhões de meticais para implementar planos de contingência e gerir o risco de desastres, valor insuficiente para as preocupações das famílias, ciclicamente afectadas pelos eventos climáticos.
Entre os bairros mais afectados pelas inundações contam-se Chamanculo, na zona de Xipamanine, Maxaquene, Polana-Caniço, Ferroviário, no Minguene, Costa do Sol, Chiango, Hulene, Magoanine e Luís Cabral. Estes dados foram partilhados pela vereadora de Saúde e Acção Social no CMM, Alice de Abreu, no I Seminário de Gestão e Redução de Risco de Desastres.
Recordou que a época chuvosa 2021-2022, que se prolongou até Abril, afectou pouco mais de 12 mil pessoas, tendo sido desenvolvidas acções para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, no quadro do Plano de Desenvolvimento Municipal 2019- 2023.
“Dentro do Plano de Contingência, antes da época chuvosa, capacitamos os comités locais de gestão de risco de desastres, limpamos e desassoreamos as valas de drenagem e sensibilizamos os munícipes sobre as medidas a adoptar em caso de eventos extremos”, apontou.
Segundo de Abreu, também foi feita a sucção das águas em zonas residenciais, escolas e unidades sanitárias, para além da retirada das famílias em situação de risco.
A vereadora de Saúde e Acção Social apontou que, com o seminário, envolvendo todos os actores-chave para a redução de risco de desastres, entre instituições públicas, privadas, sociedade civil e o próprio munícipe, visava fazer-se o levantamento das principais preocupações reportadas durante os eventos climáticos.
“Com estas experiências, pretendemos implementar planos para que tenhamos uma cidade resiliente, estruturada e organizada face às mudanças climáticas, que começam a ter um impacto negativo na vida do nosso munícipe”, disse de Abreu.