Moçambique tem, actualmente, a capacidade para realizar até 500 testes diários de rastreio da nova cepa da mpox, informou, hoje, o investigador e Chefe do Departamento de Inquéritos e Vigilância de Saúde no Instituto Nacional de Saúde (INS), José Paulo.
“O nosso país tem uma capacidade de diagnóstico já instalada. Tem já em prontidão a capacidade de testar, confirmar ou não confirmar os casos suspeitos. Temos uma capacidade de fazer 500 testes moleculares diários”, disse, em entrevista á Rádio Moçambique, esta manhã.
Ele assegurou que o INS está munido de pessoal e tecnologias para fazer o diagnóstico e interpretação dos resultados de casos suspeitos.
João Paulo explicou que é possível detectar os casos de mpox em todo o território nacional, graças aos laboratórios e equipamentos alocados para fazer face à pandemia da covid-19.
O investigador clarificou que o vírus causador da mpox tem um tempo de incubação de sete dias a 14 dias, até ao surgimento de sintomas. O diagnóstico é realizado através da colecta de fluídos corporais do paciente para a identificação do DNA do vírus causador da doença. A doença parece não ter cura, pois, conforme explicou, o seu tratamento incide sobre os sintomas que a acompanham. Sendo uma doença auto-limitada, pode, simplesmente, desaparecer, por si só, em cerca de quatro semanas. Notou que os casos de morte associados à doença ocorrem, maioritariamente, em indivíduos com baixa imunidade.
Sobre os sete casos suspeitos em Moçambique, disse que seis eram de varicela e um de sarampo.
“Felizmente não temos nenhum caso confirmado no país”, disse, apelando ao reporte de casos suspeitos para o seu tratamento tempestivo.
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