Dezenas de motoristas de táxi por aplicativo, no caso os filiados à Yango, paralisaram as suas actividades, hoje, em Maputo, exigindo melhores condições de trabalho, acusam o ‘patronato’ de arrogância e ponderam migrar para outros aplicativos.
Eles fizeram as reivindicações nas imediações dos escritórios da empresa, na Avenida Marginal, no bairro da Costa do Sol. A polícia esteve no local e tentou intermediar algum diálogo.
Os motoristas exigem a revisão dos actuais preços de viagens, passando dos cerca de 50 meticais por quilómetro para o mínimo de 100 meticais por quilómetro.
Por cada viagem realizada a empresa tem direito a 15% do valor marcado.
Segundo os motoristas, a Yango deve, igualmente, rever o sistema do aplicativo, que calcula a distância por regressão, erradamente. Ou seja, marca, por exemplo, 20 quilómetros quando, na verdade, a distância é maior do que o demonstrado aquando do pedido da viagem.
Além disso, o grupo lamenta a ausência de uma comunicação directa com o patronato. Na verdade, os contratos são com intermediários entre a empresa e os motoristas.
Em caso de acidentes de variada ordem, como sinistros rodoviários, assaltos e violência, a Yango não assegura nenhum tipo de assistência, inclusive para questões mecânicas e de comunicação, disseram. Sentem-se explorados.
Por outro lado, revelaram que por várias vezes procuraram manter contacto com o patronato, mas sem sucessos consideráveis. Um dos representantes da Yango com quem falaram em uma das ocasiões questionou se os motoristas queriam água para beber.
O escritório da empresa esteve fechado no momento da reivindicação. Em contacto telefónico com o representante da empresa, ficou agendado um encontro entre as partes para a próxima segunda-feira (27).

Um comandante da polícia que presenciou os protestos e tentou intermediar um diálogo sugeriu ao grupo a submeter uma queixa à polícia. O grupo diz que vai solicitar a presença do mesmo agente da polícia no dia do diálogo.
Os motoristas disseram que entre hoje e segunda-feira as actividades estarão totalmente paralisadas. Os que insistirem as operações nesse período arriscam-se ver suas viaturas vandalizadas.
Por outro lado, na eventualidade de as exigências não serem satisfeitas, o grupo pondera migrar para outros aplicativos da praça ou, numa ambição maior, criar o seu próprio aplicativo. “Nosso, moçambicano”.
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