“Morte de líder radical não significa fim do terrorismo” – Filipe Nyusi

O Presidente da República Filipe Nyusi, disse hoje que “não se pode equacionar” a morte de Bonomade Machude Omar como o fim do terrorismo em Cabo Delgado, referindo que os militares nacionais e estrangeiros continuam no combate.

O terrorismo não é alguém, não é uma pessoa, não é um cabecilha. Não se pode pensar que morrendo um acabou o terrorismo”, disse Nyusi, fazendo menção à morte de Bonomade, durante uma conferência de imprensa em Maputo, no âmbito da visita do seu homólogo do Gana.

O chefe de Estado alertou para o facto de poderem existir outros rostos e formas de ação do terrorismo no norte de Moçambique e que, por isso, os combates continuam para se travar ou pelo menos mitigar “o mal de uma vez para sempre”.

“Não seja equacionado o fim duma pessoa como o fim do romance terrorista”, alertou Nyusi, citado pela Lusa, acrescentando que se continuará a “lutar contra o terrorismo, não só em Moçambique, [mas também] de lá onde veio e para onde vai”.

As Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM), através do Estado Maior General, anunciaram na terça-feira (22), em Macomia, na província de Cabo Delgado, o abate do maior líder dos terroristas, o moçambicano Bonomade Machude.

Ibn Omar, considerado o líder do grupo radical Estado Islâmico em Moçambique, foi visado pela segunda fase da denominada operação “Golpe Duro II”, em curso.

No terreno em Cabo Delgado, combatem o terrorismo as Forças Armadas de Defesa de Moçambique, com apoio do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), desde Julho de 2021.

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