A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomendou, esta quarta-feira, aos homens que praticam sexo com outros homens que reduzam o número de parceiros sexuais, face ao surto de Monkeypox em vários países.
A melhor maneira de se protegerem é “reduzir o risco de exposição à doença”, disse o Director da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante uma conferência de imprensa realizada em Genebra, na Suíça.
“Para os homens que fazem sexo com homens, isso também significa, para já, reduzir o número dos parceiros sexuais e trocar informações com qualquer novo parceiro para poder contactá-los” em caso de aparecimento de sintomas, para que se possam isolar”, explicou Tedros Ghebreyesus, após a OMS ter declarado no sábado a doença como uma emergência de saúde pública de preocupação internacional, o nível mais alto de alerta.
Os levantamentos apontam que 98% das infecções foram notificadas entre homens que fazem sexo com homens e, por isso, o Director-Geral destacou a importância de proteger esta população e evitar a disseminar o vírus.
Mais de 18,8 mil casos de Monkeypox foram detectados em todo o mundo desde o início de Maio passado. A doença foi relatada em 78 países até agora e 70% dos casos estão concentrados na Europa e 25% nas Américas, disse o responsável da OMS. Cinco pessoas morreram da doença e cerca de 10% dos casos exigem internamento hospitalar para tentar aliviar a dor dos pacientes.
Descoberta em 1958, a monkeypox (varíola dos macacos) recebeu este nome por ter sido observada pela primeira vez em primatas utilizados em pesquisa. Ela circula principalmente entre roedores e humanos podem se infectar com o consumo da carne, contato com animais mortos ou ferimentos causados por eles.
Análises preliminares sobre os primeiros casos do surto na Europa e na América do Norte demonstraram que o vírus foi detectado por serviços de cuidados primários ou de saúde sexual e os principais pacientes eram homens que fazem sexo com outros homens. No entanto, a OMS já alertou que esta não é uma doença que afecta grupos específicos e que qualquer pessoa pode contraí-la se tiver contacto próximo com alguém infectado.
A vacina contra a varíola, assim como antivirais e a imunoglobulina ‘vaccinia’ (VIG), podem ser administrados como prevenção e tratamento para a Monkeypox, uma doença rara.
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