Moçambique pretende ampliar a parceria na área comercial e de investimento para o mercado dos Estados Unidos da América, utilizando a Lei de Crescimento e Oportunidades para África (Fórum AGOA), como ferramenta para facilitar o processo.
Esta intenção foi manifestada pelo Ministro da Indústria e Comércio, Carlos Mesquita, no fórum que decorreu em formato virtual, sob o lema “Reconstruindo Melhor as Relações de Comércio e Investimentos entre os EUA e a África”.
Na ocasião, o governante explicou que para se ampliar o comércio com os EUA, é importante que o AGOA seja alargado, tendo em conta que o mesmo pode contribuir para o aumento do comércio bilateral.
No evento, que decorreu no âmbito da cooperação existente entre os Estados Unidos da América e os países da África subsahariana, Carlos Mesquita, disse que a extensão do AGOA faria jus aos esforços realizados até agora e utilizaria lições aprendidas para melhorá-lo, a fim de atingir os objectivos para os quais foi estabelecido, incluindo para a melhoria de Pequenas e Médias Empresas (PME).
“Os desafios enfrentados no seu processo da implementação não devem justificar o fim do AGOA, porque é um bom instrumento para o aumento do comércio e do investimento por meio da diversificação das exportações e agregação de valor que, por sua vez, traz benefícios mútuos tanto para os Estados Unidos quanto para a África em geral e Moçambique em particular”, frisou.
Na ocasião, Mesquita convidou membros do Congresso norte-americano para visitarem Moçambique a fim de testemunhar o progresso significativo que a África está fazendo no combate à pobreza.
“Esta visita pode também ser uma oportunidade para as autoridades dos EUA responsáveis pelo AGOA verem como o programa de industrialização, cadeia de valor locais e empreendedorismo podem gerar desenvolvimento sustentável e inclusivo, bem como promover a integração regional e continental”, frisou.
Carlos Mesquita referiu ainda da importância estratégica das instituições financeiras de desenvolvimento norte-americano como o DFC, EXIM Banking e USTDA na viabilidade estrutural do AGOA como instrumento de parceria económica com África.
A fonte destacou ainda o contributo de iniciativas como o AGOA no processo de industrialização integrada em África e em Moçambique em particular, como uma prioridade estratégica na diversificação das exportações.
“A diversificação assenta no apoio à infra-estruturas como parques industriais e zonas francas industriais que agregam valor à produção nacional e impulsionadas por meio de parcerias público-privadas priorizando investidores americanos e soluções de financiamento”, disse.