Moçambique foi ontem eleito membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. É a primeira vez que Maputo ocupa o lugar e recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis.
Filipe Nyusi prometeu ser a voz de África no Conselho de Segurança, onde não vai poupar esforços na defesa do diálogo e multilateralismo.
Moçambique foi, esta quinta-feira, eleito por unanimidade membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Num discurso à nação, em reacção ao anúncio dos resultados da votação, o Presidente moçambicano, Filipe Nyusi prometeu ser “a voz dos países africanos que procuram edificar um futuro pacífico e próspero para todos”.
Citado pela RFI, o chefe de Estado moçambicano assegurou que, durante os dois anos de mandato, Maputo não vai poupar esforços na defesa do diálogo e multilateralismo para a paz no mundo.
“Encoraja-nos o facto de que ao longo da construção da nossa nação e da edificação das bases da nossa política externa tenhamos, sempre, pautado por princípios que privilegiam, entre outros, a defesa do interesse nacional, o respeito pela soberania e integridade territorial dos estados, o primado da política de paz e de solução pacífica de conflitos, assim como a advocacia do multilateralismo. Princípios e regras angulares que se encontram plasmados, de forma clara, tanto na nossa Constituição, quanto na Carta das Nações Unidas e que serão sempre objecto de respeito pelos moçambicanos. Esta é a postura que serve e sempre servirá de bússola para a nossa equipa nas deliberações e negociações de que farão parte nos próximos dois anos no Conselho de Segurança”.
No seu discurso, Nyuse lembrou a experiência nacional na resolução pacífica de conflitos, através do diálogo: “O nosso país tem história, tem cadastro, experiência em defender medidas de mitigação de conflitos e acima de tudo de promover soluções negociadas para a paz. Neste sentido o nosso empenho mantém-se inabalável. Moçambique está numa posição única, uma vez que traz consigo a sua própria experiência de construção da paz e segurança. Isto é, a cultura de diálogo. O Acordo de Paz e Reconciliação Nacional é um exemplo recente de como se pode alcançar a paz através de apropriação nacional, de processos e do diálogo”.
É a primeira vez que Moçambique ocupa o lugar de membro não-permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O país recebeu a totalidade dos 192 votos possíveis.
A eleição coloca o país “no mapa da diplomacia mundial e eleva para altos patamares, o bom nome e reputação internacional de Moçambique e dos moçambicanos”, acrescentou Nyusi.
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