O Governo moçambicano está a contactar parceiros internacionais para ter acesso a vacinas contra a varíola dos macacos (Mpox), apesar de ainda não existirem casos positivos.
Segundo o Instituto Nacional de Saúde (INS), apesar de não ter casos positivos, o país tem se antecipado na busca de vacinas pelo mundo, para responder ao surto, caso necessário.
“Através dos seus parceiros regionais e globais, Moçambique tem estado a fazer diligências para que tenha, quando disponível o estoque, para poder aplicar, em caso de declaração de sorto em no país. Neste momento, o país continua livre da doença, por isso, é elegível, mas estamos precavidos” disse Eduardo Samo Gudo, director -geral do Instituto Nacional de Saúde, citado numa publicação do jornal “O País”, durante uma reunião do Conselho Consultivo Técnico do CDC África, em Maputo.
Na mesma publicação, o INS assegurou estar neste momento reforçada a vigilância nas fronteiras para evitar a importação de casos. “O que estamos a fazer é reforçar a segurança nas fronteiras, com foco para aqueles países que têm casos confirmados. A Organização Mundial da Saúde não recomenda a restrição de viagens para nenhum país, e nós estamos a cumprir com essa recomendação”, acrescentou Samo Gudo.
A propagação da varíola dos macacos tem sido muito rápida pelo continente africano, tendo a vizinha África do Sul, casos confirmados.
Entretanto, na mesma ocasião, o Centro Africano de Controle de Doenças (CDC África), alertou que ainda há falta de vacinas no mundo para combater a Mpox. “As capacidades são muito limitadas, especialmente em termos de diagnóstico. E como sabem, só a Nigéria, na África, recebeu 10 mil doses de vacina, e estamos a trabalhar com os parceiros internacionais para receber mais vacinas para o continente. Não há tratamento, por enquanto, para a Mpox, mas também estamos a trabalhar para acelerar os treinamentos clínicos para obter uma dose segura”, explicou Benjamin Djoud.
(Foto DR)
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