Moçambique na Cimeira da Nutrição em Tóquio. Há garantia de apoio e financiamento para África

A Secretariado Técnico de Segurança Alimentar e Nutricional (SETSAN) representa Moçambique na terceira edição da “Cimeira da Nutrição para o Crescimento” sob o lema “Saúde, Alimentação e Resiliência do Mundo” que se realiza de 07 a 08 de Dezembro, em formato híbrido, em Tóquio (Japão).

Na sessão desta terça-feira, a Secretária Executiva do SETSAN, Celmira da Silva, citada num comunicado, disse que em Moçambique apenas cerca de 821.987 pessoas vivem em situação de insegurança alimentar aguda, e esse número corresponde a uma redução de 44%, comparando com 2020.

Essa conclusão consta, segundo o SETSAN, do relatório “Resultados da Avaliação de Segurança Alimentar e Nutricional Pós-Colheita 2021”.

A sessão de abertura contou com mais de 50 participantes nas sessões de alto nível, que incluíram presidentes e ministros de cerca de 30 países.

Segundo o documento em nossa posse os líderes foram unânimes ao afirmar que este “é o momento crítico para o mundo lidar com os problemas nutricionais que têm sido agravados pela pandemia da Covid-19”.

O Primeiro-ministro nipónico, Fumio Kishida, considerou que a subnutrição – que afecta o estilo de vida e o desenvolvimento humano – tornou-se num desafio mundial.

Na ocasião o responsável disse que vai disponibilizar cerca de 2,8 mil milhões de dólares americanos, durante os próximos três anos, para oferecer assistência nutricional ao mundo. E, por outro lado, vai oferecer 10 milhões de doses de vacinas à África, dada a sua necessidade urgente, mediante coordenação com organizações internacionais e parceiros relevantes.

Só no dia de ontem, mais de 300 compromissos de 148 partes interessadas, incluindo 66 países e 19 sectores privados, foram apresentados, e foi anunciada a contribuição financeira de mais de 27 mil milhões de dólares norte-americanos.

A Cimeira de Tóquio sobre Nutrição para o Crescimento centra-se em cinco áreas prioritárias: (1) nutrição e cobertura universal da saúde, (2) sistemas alimentares seguros, sustentáveis e saudáveis, (3) medidas contra a malnutrição em situações vulneráveis, (4) responsabilização por dados, e (5) financiamento para a nutrição.

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