O Governo moçambicano já tem 153 milhões de dólares, dos 500 milhões necessários para o maneio sustentável e integrado da Floresta de Miombo, no País.
A informação foi prestada, ontem, quinta-feira (20), em Maputo, pela ministra da Terra e Ambiente, na abertura do quinto Conselho Coordenador da instituição, onde anunciou que está em vista a realização de uma nova conferência sobre o Miombo, em Nova Iorque.
“Neste momento está em curso a mobilização, junto dos parceiros internacionais, dos 347 milhões de dólares em falta”, avançou Ivete Maibaze, acrescentando ainda que o sector que dirige conseguiu cumprir, em 70%, as metas traçadas para o quinquénio 2020-2024.
Citada pela Rádio Moçambique, a governante frisou que o sector está comprometido com a fiscalização das áreas de exploração florestal e o combate à caça furtiva.
Durante o Conselho Coordenador do Ministério da Terra e Ambiente, Ivete Maibaze fez o lançamento do Mapa Histórico Nacional de Vegetação e Avaliação de Ecossistemas, uma informação das áreas-chave da Biodiversidade e Lista Vermelha de Espécies e Ecossistemas.
De acordo com o “mapa histórico actualizado da vegetação”, que traz o retrato de um total de 162 ecossistemas considerados como sendo “ricos em biodiversidade e fundamentais para a subsistência da maioria da população rural”, há fortes ameaças que colocam quatro por cento deles, em estado classificado como de perigo crítico.
A mesma avaliação coloca nove por cento do ecossistema mapeado em estado de “perigo” e “32% em estado vulnerável”.
Entre os estágios de perigo crítico, perigo e vulnerável estão 45% dos ecossistemas, o que em termos nominais representa cerca de 70 ecossistemas, um retrato descrito pela ministra da Terra e Ambiente como sendo preocupante.
“Estes ecossistemas desempenham um papel crucial na retenção de água, combatendo secas e desertificação, para além de regularem inundações e protegerem contra as temperaturas e ciclones que têm fustigado o país. Por isso, a sua conservação, restauração e protecção constituem um imperativo nacional”, realçou a fonte.
De entre as principais ameaças apontadas pelo mapeamento, estão “o crescimento populacional, queimadas, desmatamento, mineração e infra-estruturas”.
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