Moçambique está a introduzir inovações no modelo de realização da Prova de Vida para combater a existência de funcionários e agentes do Estado fantasmas. Com efeito decorre a fase piloto do processo através do uso da biometria.
De acordo com a Directora de Planificação no Ministério da Administração Estatal e Função Pública, existe a consciência dos constrangimentos por que passam os trabalhadores durante o processo, mais ainda porque fazem todos os meses, em filas longas.
“Estamos neste momento a trabalhar num projecto piloto de Prova de Vida biométrica que será feira via telefone. Cada funcionário, usando o seu aparelho smartphone, poderá fazer a Prova de Vida estando em casa ou qualquer outro lugar, sem ter a necessidade de se deslocar ao ponto onde se faz a Prova de Vida”, explicou Bisa Novela, na manhã de hoje, durante uma entrevista à Rádio Moçambique, no âmbito da realização, na Matola, do IX Conselho Coordenador da instituição
Ela referiu que o uso da biometria poderá criar condições para se modernizar o processo de Prova de Vida actual, excessivamente burocrático, e “permitir que o funcionário tenha autonomia” para o fazer.
“Ele terá acesso aos seus dados todos através do telemóvel e ira colocar a informação que lhe será solicitada e provar a vida sem ter que se expor às filas”, frisou, destacando que a inovação vai reduzir os custos logísticos para consumíveis ao longo do processo.
“Temos este aspecto inovador na prova de vida. Entretanto, o Governo, irá, brevemente, pronunciar-se sobre a decisão da aprovação da implementação da Prova de Vida biométrica em fase piloto”, tranquilizou.
Ainda na quinta-feira (03), na abertura IX Conselho Coordenador, a Ministra do pelouro, Ana Comoane disse que a realização de Prova de Vida biométrica não presencial está a decorrer com sucesso e já beneficiou 199 funcionários de diversas instituições de nível central.
“[Isto] nos encoraja para expandirmos o processo para mais instituições, incluindo d nível local, certos de que os ganhos deste salto qualitativo são enormes, porquanto todo o sistema de gestão de prova de vida seja mais flexível, eficiente, poupando tempo e recursos quer para o Estado e os próprios funcionários e agentes do Estado”, disse.
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