A Procuradora-Geral da República (PGR), Beatriz Buchili, revelou, hoje, na Assembleia da República, que Moçambique exportou 330.241.242,39 dólares branqueados no território nacional, entre 2019 e 2023.

Durante a apresentação do informe anual, ela referiu que esse valor foi enviado para oito países, nomeadamente, a China, Hong Kong, Malásia, Singapura, Dubai, Ilha das Maurícias, Portugal e Turquia.

O montante se refere a um caso que vinha ocorrendo na província de Nampula, em que um grupo de nacionais e estrangeiros abriram empresas de fachadas recorrendo a documentos falsificados e terceiras pessoas.

“Relativamente ao caso, foi instaurado um processo que se encontra em instrução preparatória, com diligências dentro e fora do país”, disse.

Durante ano de 2023, foram registados 519 processos de branqueamento de capitais, dos quais 449 resultantes da investigação de crimes precedentes de corrupção, tráfico de estupefacientes, ambientais, fraude fiscal e raptos e 70 de outras situações, contra 69 processos de igual período do ano de 2022.

Foram despachados 241 processos, tendo recaído acusação em 170, arquivamento em 71 e 299 transitaram para o período seguinte

De acordo com Buchili, as actividades fraudulentas que propiciaram a lavagem de dinheiro e branqueamento de capitais em Moçambique contaram com o envolvimento de servidores públicos, despachantes aduaneiros e funcionários de bancos.