A Human Rights Measurement Initiative (HRMI) revelou hoje que Moçambique, a par de países como o Quénia, a China e o Bangladesh, tem um baixíssimo nível de respeito pelos Direitos Humanos.

Em uma escala de 0 a 10 pontos, Moçambique obteve o valor de 2.1, em análises que vão de 2017 a 2024. É a pontuação mais baixa a nível global, num conjunto de 130 países analisados.

A HRMI constatou que o último trimestre de 2024 foi altamente violento, com o registo de, pelo menos, 130 mortes, e a interrupção dos negócios, dentro e fora do país.

A classificação também revela o nível de prisões arbitrárias, torturas, maus-tratos, execuções, desaparecimento forçado de cidadãos e assassinatos tendem a piorar no país, revelando o maior fechamento de espaço cívico, isto no capítulo sobre os direitos civis e políticos.

O documento notou que, com 3,4 pontos, no capítulo do empoderamento, o país está fechado à possibilidade de os seus cidadãos manifestarem as suas liberdades.  O direito ao emprego abrange somente a 22% da população, ocupando a 152ª posição entre 155 países.

O relatório refere que somente reformas oportunas podem mudar o cenário do país.

Para o Ministro da Justiça, Assuntos Constitucionais e Religiosos, Mateus Saize, o Governo está comprometido com os Direitos Humanos.

“Não tenho dados completos para poder aferir quais foram os indicadores para posicionar Moçambique neste lugar. Mas, como Governo, pensamos que o país está comprometido com a defesa dos Direitos Humanos” disse.