Moçambique detecta circulação do vírus VRS

Uma investigação detectou a circulação, em Moçambique, de um vírus com elevado potencial para hospitalizar e levar a óbito crianças menores de cinco anos, em todo o mundo.

De acordo com o Notícias, trata-se do vírus Sicicial (VRS), que ocorre, maioritariamente, nos países em vias de desenvolvimento, e as infecções são mais altas em crianças menores de dois anos.

É um vírus que se transmite nos aglomerados através do contacto com gotículas expelidas por uma pessoa infectada.

Geralmente, as crianças infectadas apresentam um quadro de tosse, dificuldades respiratórias, podendo ter febres e falta de apetite para mamar.

O Sistema Nacional de Saúde (SNS) não tem disponibilidade de material para diagnosticar o vírus, segundo a coordenadora da pesquisa, Tufária Mussá.

Ela explicou que a “descoberta” foi através da recolha e análise de material em crianças, com consentimento dos seus responsáveis.

“Os resultados foram úteis para melhor orientar o tratamento que o médico administrava àquelas crianças”, disse Mussá, que é igualmente Directora-adjunta para investigação e extensão na Faculdade de Medicina, da Universidade Eduardo Mondlane (UEM).

Um estudo realizado entre 2022 e 2023, entre a Faculdade de Medicina da UEM e a Universal Medical Centre de Urecht da Holanda, concluiu que a carga viral da doença respiratória associada ao VRS é alta, e cerca de 35% circula entre Fevereiro e Junho, com pico em Abril.

Os custos para as famílias e para o SNS é também elevado, notou o estudo colaborativo. Moçambique tem poucos dados sobre o peso da doença respiratória associada a VRS e sobre o custo para as famílias e o SNS.

Existem vacinas para tratar a doença, mas estas só estão disponíveis em países desenvolvidos. Das três existentes, duas foram autorizadas em 2023, uma para imunizar a mulher grávida no final da gravidez e uma para o recém-nascido.

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