O ministro das Obras Públicas, Habitação e Recursos Hídricos de Moçambique, Fernando Rafael, reiterou na última quinta-feira (15), em Windhoek, a importância da cooperação regional como pilar fundamental para promover a resiliência climática e o desenvolvimento sustentável na Bacia do Rio Zambeze.
A declaração foi feita durante a 12.ª Reunião Ordinária do Conselho de Ministros da Comissão da Bacia Hidrográfica do Rio Zambeze (ZAMCOM), que reuniu os representantes dos oito países ribeirinhos.
Na sua intervenção, o governante moçambicano destacou o compromisso do País com a gestão equitativa e integrada dos recursos hídricos partilhados, valorizando os avanços já alcançados ao nível da mobilização de financiamento para projectos de adaptação às alterações climáticas e desenvolvimento inclusivo.
Fernando Rafael apontou o Programa de Desenvolvimento Integrado e Adaptação às Alterações Climáticas no Curso de Água do Zambeze (PIDACC-Zambeze) como uma das iniciativas emblemáticas em curso, enfatizando o seu papel na geração de resiliência comunitária, emprego sustentável e mitigação dos efeitos das cheias e secas cíclicas que afectam a região.
“O Governo de Moçambique continuará a apoiar estas e outras iniciativas regionais, esperando que sejam replicadas e reforçadas para benefício de todos os Estados membros”, referiu o ministro, sublinhando que a cooperação multilateral é indispensável para garantir a paz, prosperidade e segurança hídrica.
A reunião teve lugar sob a presidência rotativa da Namíbia e contou com o balanço do Plano Estratégico para o Zambeze (PEZ 2018–2040), o lançamento do Plano Regional de Investimento em Natureza, Pessoas e Clima – aprovado com um financiamento inicial de 60 milhões de dólares do Fundo de Investimento Climático (CIF) – e o anúncio de novos fundos a serem mobilizados pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Banco Mundial.
No encontro foi a apresentação do projecto de estudo sobre o aumento da capacidade de armazenamento de água na bacia, financiado pelo Swedfund, num montante de cerca de 735 mil dólares.
No encerramento do encontro, a Tanzânia assumiu a presidência do Conselho, sucedendo à Namíbia.
Criada em 2004, a ZAMCOM é composta pelos países da bacia do Zambeze — Angola, Botsuana, Maláui, Moçambique, Namíbia, Tanzânia, Zâmbia e Zimbábue — e tem como missão promover a gestão sustentável e o uso razoável dos recursos hídricos, em benefício dos milhões de cidadãos que dependem desta bacia vital.
(Foto DR)
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