Moçambique cumpre recomendação Internacional de desligar sinal analógico para digital

Moçambique cumpriu com a recomendação da União Internacional das Telecomunicações (UIT), de desligar o sinal analógico para o digital, um passo que devia ter sido dado em 2015, o que não foi possível por razões financeiras e estruturais.

Assim, o processo de migração digital acaba de ser concluído no país, com o desligamento, a 31 de Dezembro, de todos emissores analógicos de radiodifusão e televisão.

Na sequência, o prazo foi prorrogado para 2017 e depois para 2019. Contudo, só no ano passado foi lançado oficialmente o sinal de televisão digital no país.

Victor Mbeve, Presidente do Conselho de Administração (PCA) da empresa de Transporte e Multiplexação de Transmissão (TMT), classificou o processo, que durou 10 anos, de positivo, apesar das dificuldades enfrentadas durante a implementação do projecto.

“Como continente, devíamos ter concluído o desligamento, tal como recomendou a UTI, mas tivemos este arrastamento, já ultrapassado, uma vez que a rede digital está operacional em todo o país”, disse Mbeve.

Mbeve sublinhou que grande parte da população aderiu ao processo, na medida em que mais de 400 mil descodificadores foram vendidos. Acrescentou que a TMT ainda regista muita procura pelos aparelhos.

“Agora os consumidores passam a ter uma vasta gama de escolhas de conteúdos de melhor qualidade, em termos de imagem e de som. Os utentes da plataforma TMT dispõem de 22 canais oferecidos de forma gratuita”, avançou.

A migração digital decorreu em duas fases, sendo que a primeira abrangeu emissores analógicos localizados nas províncias de Nampula, Tete e cidade de Maputo.

Foram desligados igualmente emissores situados em Namaacha, Xai-Xai, Vilankulo, Chimoio, Quelimane, Ilha de Moçambique, Nacala, Pemba, Linchiga e Cuamba A segunda e última fase foi implementada em Massinga, Marromeu, Monapo, Ribáuè, Namialo, Ilha do Ibo, Chiúre, Mandimba, Majune, Ngauma, Lago, Zóbuè e Songo.

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