Moçambique concede espaço ao Malawi para erguer um porto seco no Porto de Nacala, com vista a acelerar o desembaraço alfandegário de mercadorias e flexibilizar a logística de transporte sobretudo para combustível e fertilizantes.
A concessão de espaço, segundo avança a RM é fruto do aprofundamento das relações diplomáticas e bilaterais, o que vai ajudar Malawi a aliviar os custos de transporte e reduzir preços de mercadorias.
O espaço está projectado para ter ramais ferroviários, armazéns, equipamentos de manuseio de carga, depósitos de combustível, oleodutos entre outros.
O governo do Malawi, terá de decidir sobre o modelo operacional das instalações, se embarcará por uma parceria público-privada ou criará uma empresa estatal de pleno direito, para optimizar a ligação directa entre Porto-ferrovia que Nacala dispõe para Blantyre e depois para Lilongwe através de Liwonde.
O director de operações da Companhia Nacional de Petróleo do Malawi, Micklas Reuben, afirmou que a empresa a ser instalada no Porto de Nacala, vai assumir a liderança no transporte de mercadorias, combustível de Nacala por via ferroviária.
Neste momento, o governo do Malawi já identificou a Augusto Energy, sediada em Genebra, para manusear a partir do Porto de Nacala, 196 milhões de litros de combustível.
A posição do governo de Moçambique, chega depois de, a RM ter noticiado que fornecedores de combustível ao Malawi, estavam a relegar o Porto da Beira e de Nacala, optando pelo Dar-Es-Salaam por motivos de congestionamento e algumas ineficiências no manuseamento de carga.
Em Nacala por exemplo, os fornecedores de combustível ao Malawi, apontavam o facto de, naquele porto não existirem reservatórios eficazes, sendo a Petromoc a única com capacidade para o efeito.
Com esta nova parceria, espera-se que os motivos alegados pelos fornecedores de combustível ao Malawi, sejam ultrapassados. (Texto Rádio Moçambique)
Deixe uma resposta