O Instituto de Supervisão de Seguros de Moçambique (ISSM) acaba de aderiu à Aplicação de Supervisão Bancária (BSA), um sistema internacional que visa monitorizar o mercado segurador, a fim de melhor combater o branqueamento de capitais, o financiamento do terrorismo e a proliferação de armas de destruição maciça.
Carla Louveira, vice-ministra da Economia e Finanças, que falava há dias, em Maputo, num evento destinado a discutir a supervisão bancária em Moçambique, referiu que a BSA vai melhorar o funcionamento do sector segurador moçambicano.
“Embora o BSA tenha sido concebido para a supervisão bancária, as suas funções podem ser aplicadas no mercado segurador, oferecendo diversas vantagens e benefícios importantes”, disse Louveira citado pela AIM.
A adesão de Moçambique à esta plataforma é possivelmente uma das medidas tomadas pelo governo para retirar o país da “lista cinzenta”, depois de o Ministério da Economia e Finanças ter apresentado ao GAFI, em Março último, a sua primeira avaliação das medidas tomadas para sair da lista.
O sistema em questão, disse Louveira, melhora a análise de dados avançados e permite monitorização em tempo real e partilha segura de informação. Também melhora a gestão de riscos e crises e responde a emergências.
Por sua vez, a Presidente do ISSM, Ester dos Santos, fala que a adesão à BSA é de extrema importância uma vez que permite melhorar a comunicação e partilha de informação entre o regulador e as entidades supervisionadas.
“É um sistema web de monitorização e fiscalização das instituições bancárias, mas com aplicações no sector segurador”, referiu.
De referir que o BSA surge em 2003 como uma iniciativa colectiva de dez bancos centrais da África Austral e Oriental, com o objectivo de harmonizar as funções das entidades reguladoras e garantir a segurança e solidez de suas operações.
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