O Presidente do Zimbabué, Emmerson Mnangagwa, nomeou na segunda-feira o seu filho, David Mnangagwa, como vice-ministro das Finanças e manteve Mthuli Ncube como ministro das Finanças, numa altura em que luta para salvar a economia do país.

O líder de 80 anos está sob pressão para reconstruir uma economia abalada pela falta de investimento estrangeiro, desemprego, elevada inflação e um dólar local que caiu 80% este ano.

“Tenho uma grande maioria e penso que a oposição gostaria de estar na oposição efectiva e não no governo”, declarou Mnangagwa aos jornalistas após ter anunciado a lista do Governo, que não incluía nenhum membro da oposição.

Mnangagwa ganhou um segundo mandato numa votação contestada no mês passado, que a oposição descreveu como uma “fraude gigantesca”, no meio de críticas dos observadores eleitorais que dizem que as eleições não cumpriram as normas regionais e internacionais.

Ex-banqueiro, Ncube não foi poupado a críticas depois de as suas políticas económicas não terem conseguido gerar crescimento, devido à incapacidade de reembolsar uma dívida externa superior a 17 mil milhões de dólares.

Mnangagwa nomeou o seu filho David Mnangagwa como adjunto de Ncube, no âmbito da quota de jovens do Parlamento, e anunciou também Soda Zhemu para dirigir o Ministério das Minas.

Zhemu substituiu Winston Chitando como Ministro das Minas, que liderava o ministério desde novembro de 2017. Ele era o Ministro da Energia e Desenvolvimento Energético desde 2020.

A mineração gera mais da metade das receitas de exportação estrangeira do Zimbábue e Mnangagwa disse que o sector, que está a atrair investidores na mineração de lítio, irá ancorar o crescimento económico futuro.

O presidente nacional do partido ZANU-PF, Oppah Muchinguri-Kashiri, foi reconduzido no cargo de Ministro da Defesa. (Reuters)