A Linhas Aéreas de Moçambique (LAM) é uma empresa doente em fase de recuperação, e que ainda não tem pilotos capacitados para rotas mais longas como Maputo-Lisboa, segundo Ministro dos Transportes e Comunicações.
Mateus Magala reconhece o estágio precário da instituição e defende que se deva recuperar a LAM em vez de deixá-la sucumbir.
“Nós nunca, em nenhum momento, tivemos a ilusão de que a nossa companhia está doente. Nunca tivemos isso, mas ou abandonamos o doente ou tratamos o doente”, disse citado hoje pelo canal STV.
Ele apontou que um dos défices actuais é a falta os pilotos moçambicanos já capacitados para pilotar um Boeing 777, como o que foi introduzido na rota Maputo-Lisboa.
“Não temos pilotos que saibam pilotar o Boeing 777. Então, estamos no processo de dar oportunidade para eles irem aprender porque a aviação é ciência, não é curiosidade”, alertou. De acordo com o governante é são necessários no mínimo seus meses para saber lidar com a aeronave.
Para Magala, o capital humano deve ser priorizado, em detrimento de materiais de ponta. “Não importa ter dinheiro, as infra-estruturas se a capacidade humana fica aquém da modernização”.
Considerou também que os entraves que se tem registado nos voos podem se dar porque a LAM está numa fase de readaptação, após ter ficado suspensa de aceder ao espaço europeu por cerca de duas décadas.
O Ministro falava na segunda-feira à margem do lançamento de um concurso público na ilha de KaNyaka, na cidade de Maputo.
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