O Ministério Público (MP) terá ordenado a realização de buscas na casa de Hassan Gulam, na quarta-feira, na cidade de Nampula. Hassan Gulam é o irmão mais novo de Nuro Gulam, detido pelo FBI nos Estados Unidos da América, no início de Fevereiro.

Hassan Gulam foi detido, na manhã de quarta-feira, por volta das 09 horas, numa estância hoteleira, na cidade de Nampula, onde foram apreendidos computadores, talões de depósito entre outros. Ele foi transferido para a cidade de Maputo, onde chegou na noite de quinta-feira. Ele e outros dois indivíduos (Mahomed Jhamil Abdul Elias e Zumir Amin Hassan), igualmente detidos e tidos como cúmplices em actividades ilícitas, estariam encapuzados à saída do voo, para preservar a sua identidade.

A todo o gás, depois de desembarcar no Aeroporto Internacional de Maputo, teriam sido levados para um edifício da Procuradoria-Geral da República (PGR). Volvido algum tempo na PGR, o trio saiu, ainda sob forte escolta, e foi levado para uma cadeia em Maputo.

Os três foram detidos no âmbito da operação Stop Branqueamento de Capitais (Stop BC) desencadeada pelo MP, através do Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional (GCCCOT).

A operação Stop BC é um dos desdobramentos que surgiram na sequência da detenção de Nuro Gulam nos EUA.

O pai de Hassan Gulam, o sr Gulam Hassan, tinha sido levado pelas autoridades na sequência das buscas e interrogado, e ficou horas no Serviço Nacional de Investigação Criminal. Ele disse desconhecer as actividades dos filhos e remeteu quaisquer questionamentos aos próprios. Ainda assim, Gulam pai está proibido de sair do país, uma vez que é, igualmente, alvo das investigações.

“Sabe-se ainda que o irmão de Hassan Gulam, de nome Hussein Gulam, e um dos seus cunhados, conseguiram fugir de Nacala antes que fossem detidos. Estão em parte incerta”, lê-se nas publicações Justiça Nacional.

Em Nacala, segundo a Justiça Nacional, as buscas ainda continuam em todas as casas da família Hassam. Nuro Gulam, preso nos EUA, está a colaborar com as autoridades americanas. (Fontes: Justiça Nacional e TV Sucesso).