O Ministério Público, através do Gabinete Central de Combate à Criminalidade Organizada e Transnacional, apreendeu um total de 13 viaturas de luxo de pessoas envolvidas na prática de branqueamento de capitais, falsificação de documentos, fraude fiscal, abuso de confiança fiscal, associação criminosa e uso de documentos falsos.

Inserido no processo “Operação Stop BC”, número 3/GCCCOT/2022, o Ministério Público revelou ontem, sexta-feira (12), que o número de empresas constituídas arguidas, subiu agora, para 48, sendo na sua maioria localizadas, nas cidades de Nampula, Nacala e Maputo.

Adicionalmente, segundo o documento do Ministério Público e a que o MZNews teve acesso, o valor que anteriormente, havia sido revelado como tendo sido expatriado, entre os anos 2019 a 2023, com alegação de importação de diversas mercadorias, subiu 330,2 milhões de dólares para 802,4 milhões, o equivalente a 50,7 mil milhões de meticais, sem contudo as supostas mercadorias importadas tenham dado entrada no país.

De acordo com a mesma nota, o MP avançou que no mesmo processo, estão em curso diligências de apreensão de vários bens dos envolvidos.

“Até o momento, foram apreendidos 54 imóveis, designadamente: de hotelaria e turismo, estabelecimentos comerciais, instalações de empresas, residências, edifícios em construção e outras propriedades pertencentes aos arguidos”, lê-se na nota.

O documento refere ainda que dos 40 arguidos, até agora constituídos, seis estão em prisão preventiva, três em liberdade provisória, mediante caução, e os restantes encontram-se foragidos.

Ainda, no contexto da prevenção e combate ao branqueamento de capitais, MP refere instaurado outro processo no qual foram detidos sete arguidos, dos quais três de nacionalidade estrangeira, sendo que quatro foram restituídos à liberdade mediante pagamento de caução.

“Nos mesmos autos, foram apreendidos um total de 54,1 milhões de meticais transferidos para a Conta Única do Tesouro (CUT)”, concluiu.

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