Um cidadão de 50 anos de idade, que alega ser membro das Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM), está a contas com as autoridades depois de o Tribunal Judicial da Zambézia ordenar a sua detenção por venda e consumo de heroína e surruma.
Pelas mesmas acusações, segundo a Rádio Moçambique, estão detidos quatro adolescentes, na cidade de Quelimane.
O porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal na Zambézia, Maximino Amílcar, explicou que foram apreendidas 69 gramas de surruma nacional e dois frascos de surruma do reino do e-Suatini, numa operação que durou de 48 horas.
“Ele é o dono da droga. Foi encontrado na sua casa a comercializar, e, por sinal, como ele disse, está na reserva da FADM. Isso é que nos preocupa. Estamos a ver que há funcionários que se metem em actos ilícitos. E a idade em si, seria ele a ajudar a comunidade a educar, mas está a proliferar o consumo de droga”, disse.
Maximino Amílcar referiu que apesar de as detenções serem o resultado de uma e única operação, “cada um tem seu histórico”.
O suposto militar na reserva recusou a acusação e disse ser somente consumidor de droga, e os outros acusadas negam o seu envolvimento no crime.
“Foi numa sexta-feira. Chegaram homens do SERNIC na minha casa e disseram que têm urgência de patrulha nas casas. Entrei com eles e acertaram-me com surruma. E então, como estava num frasco [deduziram] que eu era vendedor. A suruma acertei com um senhor em Namarrói. Cruzá-mo-nos numas bebedeiras e me vendeu”, contou o cidadão de 50 anos de idade.
Um dos adolescentes disse que foi detido porque um dos amigos com os quais estava a confraternizar trazia consigo uma seringa de injecção.
“Vieram homens do SERNIC, e como conhecem a conduta daquele jovem disseram para tirarmos o que tínhamos nos bolsos. Eu tirei meu plástico e dinheiro e ele estava a tirar seringa e fugiu. Eu levei porrada, fui algemado e colocado no carro”.
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