Os membros e antigos guerrilheiros da Renamo estão amotinados desde a noite de ontem na sede do partido, em Maputo e, exigem a demissão da actual direcção da Renamo.
Segundo os membros e antigos guerrilheiros da Renamo, o actual líder do partido, Ossufo Momade e o seu elenco devem deixar a direcção, apontando como causa o mau desempenho da perdiz nas eleições gerais e autárquicas.
“Nós pensávamos que era brincadeira. Na realidade vimos que Ossufo não foi votado. Por isso, o partido está embaixo. Então, nós aqui exigimos que ele deixe o cargo à disposição. Nós nunca vamos procurar duas ou três pessoas para irem lobolar uma pessoa que não fala, que é mudo, porque não vai conseguir interagir com aquelas pessoas, tem que ser uma pessoa que fala. Ele [Ossufo] não fala, porque para ele basta comer é tudo”, disse Gustavo Vilankulo, membro da Renamo.
De acordo com uma publicação do jornal “O País”, a acção de repúdio começou através de uma nota enviada ao gabinete do presidente do partido, cuja data limite para haver resposta era o dia 25 de Novembro.
Além dos 26 desmobilizados da Renamo estão, no mesmo grupo, jovens e mulheres que exigem o afastamento de Ossufo Momade, o actual presidente.
“Na leitura da situação política actual, as pessoas já diziam que não queriam ele como candidato”, disse Arone Levanhane.
Verónica Mondlane acrescentou que “o meu pedido é este senhor sair, porque desde que está aqui, nunca vimos a posição dele. Tudo, mesmo o processo de DDR, foi abaixo e estamos aqui de qualquer maneira. Então, o que nós queremos é que ele se afaste, não do partido, do poder, para deixar os outros”.
No grupo dos manifestantes, está, também, parte dos antigos guerrilheiros da Renamo abrangidos pelo processo DDR. E um deles é o antigo porta-voz de Mariano Nhongo, líder da junta militar, morto em Outubro de 2021.
“Ossufo Momade é ignorante, é tribalista, é regionalista. Então, nós não queremos trabalhar com um indivíduo deste, tem que se demitir e deixar o cargo à disposição. O processo de DDR é uma fantochada, não existe nada. Estamos aqui desde o ano passado, mas até agora, não há pensão, não há nada. E os que estão a ter pensão só tem 1200 e 1300”, disse o antigo porta-voz.
(Foto DR)
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