Médicos marcham contra violência, 108 baleamentos e 16 óbitos, e reclamam de pressão nos hospitais  

Médicos marcham contra violência, 108 baleamentos e 16 óbitos, e reclamam de pressão nos hospitais  

A Associação Médica de Moçambique (AMM) saiu, hoje, à rua para marchar em repúdio às ondas de violência decorrentes das manifestações. Já foram contabilizados 108 baleamentos e 16 óbitos. 

“Em nome de todos os profissionais de saúde queremos dizer basta aos baleamentos, violência, e que possamos unir para nos salvarmos e retirarmos o país desta situação difícil em termos de segurança pública e de violência” disse.

De acordo com o porta-voz da AMM, Napoleão Viola, os médicos estão a lidar com sobrecarga de trabalho, havendo até casos de médicos que extrapolam as horas de serviço e outros que interrompem as suas horas de descanso para atender as ocorrências.

“Muitos médicos estão a ser solicitados para saírem de casa e ir apoiar as equipes que estão de serviço. É uma pressão enorme. Por outro lado, os colegas que estão de serviço têm uma dificuldade de rendição, porque quem o devia fazer não o fez devido aos problemas de transporte. Por outro lado, aqueles que lá estão não conseguem chegar as suas casas” tudo “porque as vias estão bloqueadas” notou.

Neste sentido, a classe apela para as manifestações ocorrerem de forma pacífica, a fim de reduzir o número de ocorrências.

Segundo avançou Viola, já foram contabilizados 108 baleamentos e 16 óbitos decorrência das manifestações.

“Infelizmente é uma situação que está a ocorrer nas nossas unidades sanitárias.  Temos todos os dados sobre o que está a acontecer a nível nacional. É por isso que achamos que valeria a pena fazermos esta marcha, esta manifestação junto de toda a sociedade” referiu.

Na semana passada, disse que dez casos de pessoas mortas no decurso das manifestações revelavam intenções evidentes de disparar para matar por parte da Polícia da República de Moçambique.

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