O Movimento Democrático de Moçambique (MDM), exige a recontagem de votos em algumas autarquias onde concorreu, em 11 de Outubro. O Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) e a Comissão Nacional de Eleições (CNE) são os responsáveis pelas irregularidades registadas desde a votação à contagem dos votos, segundo presidente do partido.
“É correcto que se faça a recontagem dos resultados na base dos editais existentes. A conclusão a que nós chegamos é que a CNE tem demonstrado uma incapacidade total de gerir os processos eleitorais em Moçambique”, disse hoje, Lutero Simango, citado pela STV.
Assim, o MDM exige a restruturação da CNE por esta falhar na realização das suas competências, e acusa o STAE de não se subordinar à CNE.
“Ao longo de todos estes anos e, muito em particular, neste processo eleitoral que está a terminar, o STAE tem demonstrado ser um órgão que não se subordina à CNE. É um órgão independente à CNE”, disse.
Para Lutero, assim fica impossível garantir um processo eleitoral transparente.
“Nós não podemos continuar com uma CNE que não tem competência para gerir e administrar o processo eleitoral. Não basta falar na administração. É preciso também garantir a gestão, porque andam juntas”, notou.
Na terça-feira, em entrevista à STV Notícias, o antigo e primeiro presidente da CNE, Brazão Mazula, disse que o STAE actual tem um funcionamento independente à CNE, quando deve subordinação total.
Aliás, ele suspeita da existência de órgãos eleitorais paralelos, ou seja, a CNE e o STAE formais e conhecidos por todos, e a CNE e o STAE que actuam às escondidas e fazem prevalecer suas decisões.
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