O ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, defendeu em Washington que o crescimento esperado para a agricultura, indústria, turismo e serviços no país foi incluído na previsão do crescimento económico de 5% para 2023.
Em entrevista à Lusa na capital norte-americana, à margem dos encontros anuais do Fundo Monetário Internacional (FMI), Tonela explicou que as projecções feitas pelo seu Governo partiram não só do “cenário pouco optimista” sentido a nível mundial, mas também do trabalho que o executivo tem realizado em prol do crescimento económico.
“A nossa perspectiva toma em consideração as projecções de crescimento ou da evolução da economia mundial, em que temos um cenário pouco optimista, sobretudo devido à conjuntura derivada da situação da guerra na Ucrânia, com impactos negativos a nível de preços, sobretudo de ‘commodities’ e dos combustíveis. E uma vez que os combustíveis são um produto essencial para fertilizantes, isso tem impacto nos preços de produtos alimentares a nível global”, disse o governante.
“Tomamos nas projecções de crescimento da economia nacional também estes pressupostos, mas assumimos também o trabalho que o Governo tem vindo a realizar para promover a dinamização do crescimento da economia nacional. E tendo em conta o crescimento previsto para a agricultura e também para a indústria, turismo e serviços, a nossa projecção é de um crescimento de cerca de 5% para 2023”, acrescentou.
O Governo moçambicano prevê um crescimento económico de 5% e inflação a 11,5% em 2023 na proposta de plano e orçamento de Estado para 2023 aprovada no início do mês pelo Conselho de Ministros e que será submetida ao parlamento.
Este ano, e com os números contabilizados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) até Agosto, a inflação em Moçambique está em 7,62%.
No que respeita ao crescimento económico, o Produto Interno Bruto (PIB) moçambicano cresceu 4,37% na primeira metade de 2022 e o FMI – que em maio reabriu o acesso do país a financiamento – aponta para um crescimento de 3,8% no final do ano.
Contudo, economistas moçambicanos disseram na quarta-feira à Lusa serem exequíveis essas metas económicas, mas alertaram para o contexto de incertezas a nível mundial.
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