A Assembleia Municipal da Cidade de Maputo aprovou, na terça-feira (18), a resolução que atribui a distinção Chave da Cidade ao Presidente da Guiné-Bissau. Umaro Embaoló está desde hoje em Maputo e vai escalar a Assembleia da República e o Conselho Municipal amanhã.
O acto ocorreu durante uma sessão extraordinária convocada para debater a proposta de resolução. Esta foi aprovada com a maioria de votos da Frelimo, porém considerada paliativa pela oposição, Renamo e o Movimento Democrático de Moçambique, que se abstiveram de votar.
Para a Renamo, Embaló é uma figura que não merece distinção por não existirem factos capazes de justificar a proposta da edilidade. Mas também considera que a figura de Embaló é conturbada e controversa.
“Um ditador. Um elemento que está contra a democracia no mundo. É a essa pessoa a quem nós não podíamos dar a Chave. Porque um dia Moçambique vai ser conotado com ele como pessoa…. Como vamos dar a Chave a um ditador”, disse, Alberto Maxaxieie, deputado da Renamo na Assembleia Municipal de Maputo.
Ele aventou a possibilidade de se ter convidado o Presidente da Guiné-Bissau para vir a Moçambique e partilhar a sua experiência como ditador.
Por sua vez, Augusto Bazo, do MDM, disse que lamentou o facto de a Guiné-Bissau não representar um exemplo de democracia.
“Mas sob o ponto de vista de liderança é um país idêntico a Moçambique. Vive-se uma ditadura”, disse, notando não existirem factos e nem fundamentos que justificassem a atribuição da distinção.
A Frelimo, detentora da maioria, entendeu que se estava a puxar o debate para o lado errado e “sugeriu” a aprovação da resolução.
A edilidade argumentou que a atribuição da Chave da Cidade a Umaro Embaló é em reconhecimento aos seus esforços para o desenvolvimento da cooperação e amizade bilaterais.
Artigo actualizado às 20h19 de quarta-feira.
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