Um simpatizante da Renamo, na cidade de Maputo, escapou a uma tentativa de assassinato, durante a madrugada de numa sexta-feira, no interior da sua residência. Do combate contra os assassinos perdeu um dedo.
Na quinta-feira, a Renamo esteve na praça da juventude, no bairro de Magoanine, em mais uma manifestação pacifica contra os resultados eleitorais.
O MZNews teve acesso a um vídeo onde a vítima, identificando por Magaia “MG” conta o sucedido e conclui que a missão dos dois homens armados que invadiram sua casa era retirar-lhe a vida.
“A situação está feia. Após as eleições, nós começámos as marchas com Venâncio Mondlane e muitos jovens juntaram-se às marchas em jeito de protestos para dizer o que gostavam de ver em Moçambique, o que eles fizeram nas urnas”, começou por dizer.
Ele refere que existe uma lista onde constam os nomes de cidadãos moçambicanos que devem ter um fim trágico. A lista inclui o nome do cabeça de lista da Renamo, Venâncio Mondlane, do activista social, Adriano Nuvunga, e de outros activistas que contestam os resultados eleitorais.
“Isto desencadeou uma onda de sequestros e raptos assassinatos e listas negras das quais eu faço parte, os meus amigos, o Venâncio, Dr. Nuvunga e alguns activistas envolvidos nesta guerra pela verdade”, referiu.
Além disso, alguns dos seus amigos que se tem juntado às marchas promovidas pelo parido Renamo na cidade de Maputo “também foram visitados”.
“Eu, na sexta-feira, recebi uma visita na minha própria casa, às 3h da manhã, de dois homens que vieram com uma missão clara: entrar e me apagar. Graças a Deus consegui escapar muito antes disso. Consegui defender-me deles, e saíram fugidos. Um entrou no carro a sangrar. Saíram daqui em debandada, mas isso custou-me o meu dedo. Estou agora com 19 dedos. Sofri um tiro na mão. A intensão deles era clara. Vinham para matar-me a mim. Foram a casa de dois meus companheiros. Invadiram as casas. Um deles foi ameaçados de sequestro e o outro foi ameaçado de morte. Estamos a sofrer perseguições todos os dias”, contou Magaia “MG”.
No entanto, ele assume já não estar intimidado de morte e que existe uma facilidade de ser encontrado pelos ‘assassinos’. Ele recusa viver enclausurado na própria pátria.
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